Reciprocidade, Amor’, ... sentir saudades
Um sorriso. Um não, um par. Um par
de sorrisos. E um bilhão de olhares cúmplices trocados o tempo inteiro. Aqueles
olhares que inspiram confiança, sabe? Confiança, segurança e inabalável Amor’.
E mãos. Mãos dadas, dedos entrelaçados, carinhos. Corações que ora param, ora
aceleram. E respirações profundas, às vezes falhas, ofegantes. Suspiros. Aquela
sensação de que não há ar suficiente, me falta o ar, me falta o ar, te falta o
ar. Pernas bambas, que sustentam os corpos sabe-se lá como. Como é que um corpo
aguenta um coração tão cheio de tantos sentimentos? Parece que não vai caber
dentro do peito. E pela garganta não sai. Faltam palavras, as falas se perdem.
Silenciam. Sente-se apenas. As frases que ensaiamos inúmeras vezes nas nossas
cabeças simplesmente desaparecem. E o tempo? O que é tempo mesmo? O tempo para,
congela, some, desaparece. E a gente nem percebe. Pulam as horas engolindo seus
minutos. Um arrepio seguido do calor reconfortante de outra pele. A sensação de
outra pele tocando a sua. Um choque elétrico, que não é elétrico, nem estático,
nem nada que a física pode explicar. É sereno, é cumplice, prazeroso, é Amor’.
Se sente Amor’. E mais um sorriso. E mais um. Sorrisos involuntários, bobos,
tímidos. Olhares que se cruzam sem querer e querem desviar, mas não desviam,
não conseguem. Olhos que se fecham apenas para sonhar melhor. Sonhar com o
futuro bonito. Sentires do momento, anseios da saudade. Mãos dadas, carinhos,
beijos, sorrisos, um céu azul, chuva e um último pôr do sol. Reciprocidade. Quem
sabe, a sutileza dos amanhãs seguintes, aconchegos. Sonhos que nunca foram
imaginados antes. Nunca, nunca.
Nunca.
Quem sabe um dia? Quem sabe há alguém, em algum lugar. Alguém. Nós dois. Um dia.
O certo é que eu sempre me apaixono por você. Todas as vezes que te
vejo... que o encontro, que o beijo, que ouço, que lembro. Eu só quero tanto. Eu
nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de
alguém, ainda que a gente esteja/seja completamente Amor’... *Eu nunca vou
entender porque você é exatamente o que eu quero. Quem sabe um dia? Quem sabe há alguém, em algum lugar. Alguém. Nós dois. Um dia.
Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo. Sei somente que é incomparável, que tenho-te todo meu Amor’.
__Deixa-me vestir sua camisa?
Deitar em seu colo,
aconchegar minha’lma e mimar-te de amor.
L eu tá... SAUDADES.