quarta-feira, 5 de novembro de 2014




Da escolha de ser Amor...

Eu não quero levar um ritmo, uma cor, e um verso.
Sinto que a vida é bem mais... 
E, sobretudo, o Amor é bem mais.
Quero assim, todas as músicas, ritmos e melodias
Quero o colorido, a mistura de tons e de brilhos
Quero todas as frases, textos e livros
Eu quero a vida, intensa e vivida

Quero a história, o prêmio, as manhas com café quentinho e preguiça
Quero as noites de inverno sendo nossos corpos um só, a nos aquecer
Quero o silencio, os badalos...
A paz e a inquietude...

É assim que o amor faz sentido
Quando se quer...
Um querer insensato, ao passo que envolto de toda a sensatez possível
Um querer imaturo, mas de maturidade absurda.

E assim, em meio aos contrastes é que o amor que se quer viver demonstra sua força e sua forma.
E com a emoção como guia, e o desejo do amor pleno como motivação, vale a viagem ao mais profundo de ser, de sentir, de chorar, de ver a vida perder o sentido, pra poder ver o sentido no próprio Amor, na sua expressão mais forte e mais plena, e mais severa, e que faz rir e chorar ao mesmo tempo. E foi assim que eu quis o amor, e é assim que eu quero, com a sua face na real forma:

Da qual disse Luis de Camões...


O Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.


É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?


Assim, com um toque de Ceticismo... Perfeito!

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